Site da Associação de Vigilantes da Natureza
Segundo Sandra Moutinho, do ICN, "as condições que os vigilantes têm são as possíveis neste momento", admitindo que "as imposições de contenção orçamental" determinaram alguns cortes.
Mesmo assim, salienta, que nos últimos dois anos, tem havido reforços ao nível de viaturas e fardamentos.
Os rádios vão integrar um concurso público coordenado pelo Ministério da Administração Interna no âmbito dos incêndios, assegurou, concluindo que "a vigilância da natureza não está comprometida".
No entanto, verificam-se situações de extrema penúria a nível de equipamentos, pelo que as afirmações desta responsável parecem completamente fora da realidade.
Temos informações de situações onde a única viatura disponível para efectuar serviços de patrulhamento em áreas protegidas se encontra avariada ou de elementos que se vêm forçados a utilizar meios e recursos próprios para desempenhar as suas funções.
Este é o caso do responsável pelo sítio classificado da Agolada, em Coruche, uma área com 226 hectares, que não tem viatura do ICN, sistema de comunicações ou outro tipo de equipamentos.
Assim, este responsável, se não quiser efectuar os percursos a pé, vê-se forçado a usar a viatura própria, suportando os custos de combustível, recorrendo ao seu próprio telemóvel quando precisa de contactar as autoridades ou os bombeiros e socorrendo-se de um par de binóculos que adquiriu em substituição de uns que deviam ser fornecidos pelo ICN.
Mesmo parte do fardamento, como as calças, têm 5 anos de uso e não estão diferenciados para as várias estações do ano, de que resulta uma óbvia falta de conforto que reduz inevitavelmente a própria capacidade de trabalho.
Com base nos dados que vão sendo transmitidos, é óbvio que as carências são imensas e que a protecção do nosso património natural, não obstante a boa vontade de muitos funcionários, sofre de graves lacunas, colocando-o à mercê de situações, fortuitas ou criminosas, que o têm delapidado seriamente.
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