quarta-feira, junho 21, 2006

Beriev B-200 chega a Portugal no dia 29


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Beriev B-200 durante um voo de demonstração

Três peritos portugueses vão acompanhar todos os voos que o avião russo Beriev 200 fará no combate a fogos florestais, durante os meses de Julho e Agosto.

Os testes serão acompanhados por três peritos, sendo um deles indicado pela Força Aérea, outro pelo Instituto Nacional de Aviação Civil, e faltando a confirmação da proveniencia do terceiro elemento.

O hidrovião de fabrico russo chega a Portugal no próximo dia 29 à noite e, ao contrário do que tinha sido anunciado inicialmente, ficará estacionado na Base Aérea nº 5 em Monte Real, perto de Leiria, e não em Ovar.

"A indicação foi dada pela Força Aérea, depois de analisadas especificações técnicas", explicou ao Jornal de Notícias Rocha Andrade, subsecretário de Estado da Administração Interna, acrescentando que o avião irá operar em todo o país, "independentemente da base".

Os três peritos encarregues de acompanhar o Beriev B 200 terão que elaborar, depois do fim dos testes, um relatório sobre a sua operacionalidade, sendo que a esta avaliação, feita a partir do interior do avião, juntar-se-ão relatórios de observação em terra, entregues pelos comandantes operacionais.

Como base da avaliação, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil definiu nove parâmetros de avaliação, que incluem a velocidade, capacidade de abastecimento em albufeiras e foz de rios e descarga de água, após o depois será tomada uma decisão quanto à eventual aquisição de aparelhos, preferencialmente no âmbito da negociação de uma antiga dívida da Federação Russa a Portugal.

Já abordamos a questão da difícil negociação desta antiga dívida, cujos resultados até hoje foram infrutíferos, mas esperamos que, caso se verifique ser esta a opção técnica mais correcta, não sejam dificuldades negociais a impedir a selecção deste avião.

Lembramos, no entanto, que a utilização desta aeronave de grandes dimensões e com um perfil de voo completamente diferente dos Canadair, de menor capacidade mas com menos restrições e exigências no uso, carece de uma avaliação particularmente cuidada, sobretudo se atentarmos ao menor número de bases operacionais a partir das quais este modelo pode operar e das extensão de água que o seu reabastecimento requer.

Este processo que acompanhamos desde o ano passado será, certamente, um assunto que continuaremos a seguir com interesse, sobretudo tendo em conta as alterações tácticas que a adopção deste modelo implica e a que certamente voltaremos.

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