sexta-feira, outubro 13, 2006

GNR pretende aumentar o efectivo dos GIPS


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Brasão do Regimento de Cavalaria

O Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana (GNR) avalia de forma positiva a actuação dos Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) que participaram este ano no combate aos incêndios e equaciona o aumento de efectivos dos actuais 315 para 500 militares.

Para Costa Cabral, porta-voz da GNR, "a taxa de sucesso dos GIPS andou perto dos 100%", razão pela qual a Guarda está satisfeita com a actuação destes seus militares.

O GIPS foi criado, equipado e treinado em apenas 6 meses, após o que participaram não apenas no combate directo aos incêndios, mas em acções de patrulhamento e de sensibilização junto das populações.

As brigadas helitransportadas dos GIPS, presentes em 6 distritos, demonstraram efectivamente rapidez, empenho e um alto grau de profissionalismo, com capacidade de rapidamente intervir na fase nascente dos incêndios, razão pela qual é avaliada a possibilidade de aumentar os efectivos destes grupos.

No entanto, devemos recordar que a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais já propusera a constituição de uma força semelhante, constituida por 500 elementos selecionados entre bombeiros profissionais e voluntários, o que fora recusado pelo Governo.

Tal recusa em aceitar bombeiros experientes e no seu lugar colocar militares da Guarda, que seriam igualmente úteis noutras missões, é, a nosso ver, uma decisão meramente política que visa um controle mais estrito sobre esta força, colocando-a mais directamente dependente do Governo.

Também o facto de os GIPS integrarem muitos dos melhores elementos da GNR, incluindo militares com experiência no estrangeiro, vem privar esta força de um importante capital humano nas suas missões de manutenção da ordem pública, os quais, obviamente, não poderão ser substituidos por bombeiros.

Assim, continuamos a defender "a César o que é de César", mantendo a nossa perspectiva de que os GIPS devem ser semi-permanentes e activados como reserva em caso de necessidade, deixando a uma força de bombeiros profissionais a missão que desempenharam este ano na primeira intervenção junto de fogos nascentes.

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