quarta-feira, julho 25, 2007

Canadair cai na Grécia


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Um Canadair CL-415 em acção

A queda de um Canadair CL-415 na Grécia, quando combatia um incêndio florestal na ilha de Evia, resultou na morte dos dois elementos da tripulação.

O avião embateu na passada 2ª feira, pelas 15:46, na parte lateral de uma colina durante uma operação de largada de água, quando operava em condições particularmente difíceis em termos de visibilidade devido às espessas nuvens de fumo.

Este incêndio, perto da estância de Stira, já obrigou a evacuar centenas de habitantes e colocou em risco diversas habitações, continuando a apresentar dificuldades séria devido às elevadas temperaturas que, esta terça-feira, rondaram os 44º.

Devido ao tempo quente, só em Junho verificaram-se mais de 2.000 ocorrências, com os fogos a aproximar-se de diversas cidades gregas, entre as quais a capital, Atenas.

Desde o dia 11 de Julho, morreram na Grécia 3 bombeiros quando tentavam extinguir um incêncido na ilha de Creta, acrescendo a este número os 2 que perderam a vida na queda do Canadair.

O acidente com este Canadair, ocorrido numa situação operacional particularmente difícil, não pode deixar de fazer meditar nos riscos deste tipo de missões e no extremo cuidado a ter no seu planeamento e execução.

Também o treino das tripulações e o sistema de comunicações e controle, bem como a ligação aos meios no terreno, ganha uma especial importância para diminuir a possibilidade, infelizmente sempre presente, de um acidente com consequências trágicas.

Assim, situações de falta de planeamento, como as ocorridas o ano passado quando um Beriev Be-200 embateu na copa das árvores perto da barragem da Aguieira, ou de falta de experiência e de treino das tripulações, são absolutamente intoleráveis e qualquer tipo de justificação para o mesmo é inaceitável.

Desta forma, a explicação dada pelas entidades oficiais, nomeadamente pelo Ministério da Administração Interna, que minimizou a gravidade de um erro de planeamento grosseiro apenas porque as consequências foram relativamente diminutas, é uma postura que rejeitamos pelo perigo que representa tal desresponsabilização.

Nunca será demais insistir na segurança das operações aéreas de combate as incêndios, seja pelos perigos que estas representam para todos os envolvidos, seja pelas consequências dramáticas que resultam da queda de uma aeronave carregada de combustível altamente inflamável numa área em chamas.

Resta-nos, finalmente, lamentar a perda de vidas humanas resultantes do acidente, bem as dos como os bombeiros gregos que faleceram nestes últimos dias quando travavam um combate extraordinariamente difícil contra incêndios de grandes proporções que se propagavam com enorme facilidade devido às elevadas temperaturas que se fazem sentir na região.

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