Durante o combate a um incêndio florestal em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, três bombeiros sofreram queimaduras ligeiras, tendo sido tratados no centro de saúde da sede do município.
O incêndio foi detectado pelas 16:00 e entrou em fase de rescaldo pelas 20:30, tendo sido combatido por 69 bombeiros, provenientes de uma dezena de corporações da região, apoiados por 21 viaturas e por uma máquina de rasto do município local.
Este fim de semana prevê-se que as temperaturas subam, pelo que o risco de incêndio irá ter tendência a aumentar, mas não se espera que se verifiquem situações complicadas, seja pelo número de ocorrências, que continua baixo, seja porque o dispositivo continua sem ser submetido a um esforço prolongado.
Será, talvez, o prolongamento do esforço e o subsquente desgaste físico e psicológico uma das razões pelas quais em anos com maior número de ocorrências se sente que o risco de acidentes e de vítimas aumenta substancialmente, ocasionando os resultados trágicos que conhecemos e que consideramos deverem-se, em grande parte, à gestão de efectivos então praticada.
É inevitável que após um esforço prolongado a atenção diminua, o desejo de acabar rapidamente com uma situação que parece eternizar-se leve a por de parte alguma prudência e que as dificuldades de coordenação e comunicação se comecem a sentir, resultando num menor discernimento e na quase impossibilidade de ter uma visão clara da situação táctica.
Este ano, tal como em 2006, o dispositivo não atingiu um desgaste perto do ponto de ruptura, sendo de prever que tal não venha a suceder em 2007, mas as lições que deviam ter sido apreendidos nos anos mais difíceis onde a gestão de meios, a logística e cordenação apresentou falhas, parece não terem sido incorporadas nos procedimentos actualmente seguidos pelos escalões mais altos de comando.
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