quinta-feira, julho 26, 2007

GNR detém incendiário em Salvaterra de Magos


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Um todo o terreno da GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou a detenção na passada 2ª feira de um homem de 29, suspeito de ser responsável por diversos incêndios em Glória do Ribatejo, no concelho de Salvaterra de Magos.

O suspeito terá confessado aos militares do Núcleo de Investigação de Crimes Ambientais ter ateado três fogos entre 29 de Junho e 18 de Julho, dos quais resultaram dois incêndios.

O agora arguido trabalhava para o proprietário das propriedades onde se verificaram as ocorrências e terá sido despedido recentemente, tendo agido por vingança.

Num ano em que as condições têm sido pouco propícias à ignição e propagação de incêndios florestais por causas naturais, tem-se verificado um número preocupante de crimes de fogo posto, seja por vingança, seja por motivos que derivam de problemas de saúde mental, seja, ainda, por motivações desconhecidas.

O número de detenções recentes e o número de incêndios da responsabilidade dos detidos, que normalmente dão origem a múltiplos fogos, ocorridas num ano com um número particularmente baixo de incidências, vem alterar a percepção que se tem dos números relativos a este tipo de crime.

A diminuição de ocorrências por causas naturais parece ter resultado num aumento de casos de origem criminosa, levando-nos a colocar a questão quanto ao número real de fogos postos cuja origem passa relativamente desapercebida em anos onde se verificam mais ocorrências e a investigação acaba por ser mais lenta.

Este facto, que dificilmente será confirmado por número cuja fiabilidade é desconhecida, poderá levar a uma sensação de impunidade, resultando não apenas da moldura penal, mas do reduzido número de detenções quando comparadas com o número de fogos de origem criminosa.

Apesar de haver uma tendência para, em caso de dúvida, se optar por declarar fogo posto, pensamos que só num ano com menor número de ocorrências e, portanto, com melhores possibilidades de investigação atempada, se poderão tirar algumas conclusões quanto às reais origens dos incêndios em Portugal.

Não será fácil, num ano atípico, fazer estatísticas comparativas, pois se o número de ocorrências com causas naturais diminui, é bem possível que os de origem criminosa se mantenham ao nível de anos anteriores ou, inclusivé, aumentem, mas será uma oportunidade para compreender melhor as origens dos fogos postos e tipificar com maior exactidão quem os provoca.

1 comentário:

João Soares disse...

Boa tarde, Nuno Cabeçadas
Parabéns pleo vosso blogue.
Já o liguei ao meu Dossier Árvores,Jardins e Floresta
http://bioterra.blogspot.com/2007/05/dossier-arvores-e-floresta.html
Serão bem vindos ao meu blogue de e sobre Educação Ambiental, BioTerra http://bioterra.blogspot.com
Abraços