Inundação em Tomar (foto de O Templário)
Durante a tarde, cerca de uma centena de ocorrências obrigaram à intervenção dos bombeiros em diversas localidades do concelho, que incluem Pousos, Azóia e Cruz dos Areais.
Perto das 16:00, um raio atingiu o terceiro andar de um prédio em Marrazes, causando estragos mas sem atingir ninguém, enquanto as chuvas provocavam uma derrocada no IC2.
A trovoada também deu origem a um incêndio florestal em Santiago da Guarda, no concelho de Ansião, que foi rapidamente circunscrito pelos bombeiros.
Em meados de Setembro e ainda numa fase de alto risco, os perigos e danos acabam por, frequentemente, terem pouco a ver com os fogos e resultarem de condições meteorológicas que, para alguns, serão normais nesta época do ano.
No entanto, as inundações agora verificadas devem também servir de aviso para um País onde a atenção da Protecção Civil se concentra nos incêndios florestais, esquecendo todo um conjunto de perigos que devem ser devidamente acautelados através de planos de contingência, formação e aquisição de equipamentos.
O facto de terem sido os incêndios florestais o grande flagêlo dos últimos anos, não pode fazer esquecer outro tipo de ameaças, inclusivé as que dependem da intervenção humana, nem negligenciar factores de risco que as próprias alterações climáticas têm vindo a incrementar e para os quais Portugal continua mal preparado.
A estratégia de uma política de socorro meramente reactiva, tal como é patente no exemplo dos incêndios florestais, é uma opção clara pelo desastre e por sacrificar as populações, vítimas de políticas erradas e irresponsáveis onde o planeamento e a antecipação não são palavras de ordem.
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