quarta-feira, setembro 19, 2007

Comissão europeia quer sistema de alerta nos automóveis


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Uma da situações de emergência

Interrogamos-nos por diversas vezes quanto à consciência de muitos dos compradores quanto às opções que fazem quando adquirem um automóvel, sobretudo quando este é novo e, portanto, pode ser de alguma forma configurado à medida do cliente.

Entre um dispositivo útil, como um conjunto de "airbags" ou umas jantes de liga leve, ou entre um sistema electrónico que ajude a estabilizar o veículo ou um tecto de abrir, muitos são aqueles que optam pelo que menos contribui para a segurança e vão atrás de aparências que de pouco servem em caso de acidente.

Entretanto, o número de vítimas de acidentes rodoviários não se tem reduzido tanto como seria desejável e, no caso concreto de Portugal, o encerramento de unidades de urgência, sobretudo no Interior do País, tem dificultado o socorro ao aumentar o tempo que medeia entre o alerta e a prestação de cuidados numa unidade com as valências necessárias.

Devido a estas opções, que em nada contribuem para a segurança rodoviária, e à necessidade de facilitar o socorro, a Comissão Europeia optou por iniciar negociações com os fabricantes para que o "eCall", um sistema de chamada de emergência, seja instalado nos modelos a produzir a partir de 2010, usando padrões devidamente normalizados de modo a que os pedidos de ajuda sejam recebidos em qualquer país comunitário e, se possível, mesmo noutros continentes.

Esta seria uma alternativa a factores de integração que os fabricantes nunca implementaram, como o facto de não interligarem, em veículos que os possuem, o alarme, o GPS e o telemóvel, o que permitiria uma detecção e um seguimento automático, bem como alertas em caso de perigo que pode ser detectado, por exemplo, através do acionamento do "airbag", da inclinação do veículo ou de uma diminuição de velocidade superior a um dado valor.

Alguns dos sistemas de alarme disponíveis no mercado incluem quase todas estas funcionalidades e são mais baratos do que os dispendiosos e proprietários dispositivos de segurança instalados pelos fabricantes que, efectivamente, pouco contribuem para algo mais do que uma tentativa de evitar o furto da viatura.

O "eCall" pode ser um passo importante, mas será fundamental que não seja apenas acionado por iniciativa dos ocupantes da viatura ou activado por um sistema de detecção de acidente, e que também possa ser usado por iniciativa do proprietário, ou mesmo por parte das forças policiais ou de socorro caso se verifiquem suspeitas fundamentadas de uma situação de perigo que obrigue a uma intervenção.

Reduzir o "eCall" a um mero sistema automático, com um reduzido número de funcionalidades, de forma a que seja mais facilmente aceite pelos fabricantes e pelas normas europeias que defendem a privacidade, não será, certamente, a opção que mais facilitará o socorro, podendo, inclusivé, criar uma sensação de falsa segurança entre os utilizadores dos veículos que possuam este tipo de dispositivo.

Entretanto, e porque o "e-Call" ainda está distante, a nossa sugestão continua a ir no sentido de instalar um sistema de alarme ligado a GPS e GSM, que custa duas a três centenas de euros, e pode ser extremamente útil seja em caso de acidente, seja para recuperar viaturas furtadas.

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