segunda-feira, abril 21, 2008

5ª feira registou a maior precipitação desde 1864


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Cheias após um dia de chuva

Entre as 09:00 de quinta-feira e as 09:00 de sexta, Lisboa teve a maior precipitação de que há registo desde 1864, segundo dados do Instituto de Meteorologia (IM).

Neste espaço de 24 horas, a precipitação atingiu os 63 mm ou litros por metro quadrado, um valor que se aproxima da média total do mês de Abril, que é de 64 mm, usando como referência os anos entre 1961 e 1990.

Com um total de 114 mm, Lisboa está francamente acima da média mensal, mas a chuva também atingiu outros distritos do País, onde também os valores já ultrapassam o dobro da média para o mês de Abril.

Em Castelo Branco, os valores para este mês são de 126.4 mm, com uma média de 62.6 mm, enquanto em Viseu se registaram-se 228 mm, contra uma média de 102.6 mm e em Faro já se atingiu os 95.2 mm, quando os valores médios são de 38.4 mm.

Apesar do índice de seca só ser reavaliado no fim do mês, a situação de seca extrema tenderá a desagravar-se, com efeitos significativos a nível do abastecimento de água e na humidade relativa dos solos, factor determinante na progressão dos incêndios florestais.

Estas chuvas de Abril podem, efectivamente, ter uma influência significativa no controle dos incêndios no próximo Verão, pois, para além da humidade no solo, permitem repor os níveis em diversos pontos de recolha de água, essenciais para o abastecimento de meios de combate aos incêndios, mas não poderão compensar a falta de investimento em prevenção que se continua a fazer sentir em muitos municípios.

Tal como aconteceu em anos anteriores, várias entidades esperam que seja a meteorologia a compensar o esforço que não foi feito, o investimento que foi canalizado noutro sentido ou o planeamento que não foi realizado, mas, tal como nestes últimos dias, o estado do tempo ajudou, em breve poderá não o fazer, expondo vulnerabilidades que há muito deviam ter sido eliminadas.

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