quarta-feira, abril 23, 2008

Agressões a equipas dos bombeiros e do INEM - 2ª parte


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Uma central de emergência do INEM

Em primeiro lugar qualquer tipo de agressão, física ou verbal, contra elementos que prestam socorro é inaceitável e mais o será de esta se dever a um eventual atraso o qual, normalmente, decorre das deficiências a nível de activação de meios e não de qualquer acção ou atitude de quem presta o socorro.

A maioria dos atrasos que, repetimos, não justificam qualquer tipo de agressão, deriva de uma organização defeciente, má colocação ou insuficiência de meios, dificuldades em identificar correctamente o local da ocorrência, más acessibilidades ou de um conjunto de factores combinados que raramente dependem ou cuja responsabilidade pode ser imputada a quem presta socorro.

Em segundo lugar, cremos que a reestruturação da rede de urgências, com o consequente aumento das distâncias a percorrer em missões de socorro e do tempo até chegar ao local da ocorrência, se irá traduzir num aumento da tensão, sobretudo por parte dos familiares das vítimas, do que pode resultar uma maior animosidade e, no limite, um maior número de agressões contra o pessoal que presta socorro.

Temos, também, a necessidade de o INEM ser auditado externamente, seguindo regras quanto a procedimentos e capacidade de resposta, de modo a assegurar a qualidade de serviços e evitar a cada vez maior desconfiança com que as populações encaram esta instituição.

A dificuldade em responder às questões concretas, expondo os dados relevantes que permitam os esclarecimentos e a sua comprovação, e algumas considerações ou desculpas lamentáveis, a que se acrescem inquéritos cujas conclusões se desconhecem, em nada contribuem para a transparência que deve caracterizar a forma de comunicação de uma entidade com as responsabilidades do INEM e comprometem, igualmente, as políticas para o sector da Saúde.

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