Uma central de emergência do INEM
A primeira agressão, sem dúvida a mais grave, decorreu em Abrantes, após um pedido de socorro para assistir um homem de 75 anos, vítima de ataque cardíaco, que veio a falecer a caminho do hospital.
Segundo os familiares, o pedido foi efectuado para o 112, mas o socorro demorou hora e meia a chegar, com os Bombeiros Municipais de Abrantes a preceder a equipa do INEM que enviou a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Abrantes, sendo ambas as equipas agredidas pelos familiares da vítima.
Para além de danos em equipamento, o médico da equipa foi agredido a pontapé e o ajuntamento de familiares junto do Hospital de Abrantes, onde a vítima faleceu, obrigou à intervenção policial.
Noutra situação, elementos dos bombeiros de Montemor-o-Novo e do INEM foram também agredidos durante uma intervenção ocorrida em Montemor-o-Novo.
Para o INEM não houve qualquer atraso ou funcionamento anómalo do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), referindo que os meios foram accionados às 18:45, imediatamente a seguir ao pedido de socorro e que 15 minutos depois, quando chegaram ao local da ocorrência, começaram as agressões, numa altura em que a vítima ainda tinha vida e o essencial era socorrê-la o mais rapidamente possível.
Esta atitude dos familiares, para além de criminosa, é, portanto, paradoxal, pois se por um lado se queixam do atraso no socorro, por outro agridem quem tenta salvar a vida da vítima, atrasando e comprometendo a tarefa dos socorristas, podendo, no limite, ter influência no desfecho final.
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