quarta-feira, maio 21, 2008

Há meios de combate e faltam equipamentos de protecção?


Image Hosted by Imageshack
Veículos de bombeiros de Portugal

Na sequência de declarações do comandante distrital de Operações de Socorro, Elísio Oliveira, que considerou haver carências de equipamentos de protecção individual para combate a incêndios urbanos, incluindo sistemas de respiração, a Governadora Civil de Lisboa, Dalila Araújo garantiu que as 56 corporações de bombeiros voluntários do distrito não sofrem quaisquer faltas de meios.

Para a governadora civil, as corporações estão bem equipadas e têm à sua disposição equipamentos de qualidade e em perfeitas condições de funcionamento, mas reconhece que existem situações pontuais em que é necessário proceder à actualização de meios.

Segundo Dalila Araújo, o Governo Civil tem procedido à inventariação dos meios existentes, visitando as várias corporações, de modo a ter uma ideia exata do que possa estar em falta, concluindo que os meios que é necessário adquirir não coloca em risco pessoas e bens.

Para este comandante, os meios em falta não impedem o socorro e a sua aquisição não é urgente, mesmo incluindo entre estes os veículos antigos ainda ao serviço, mas nem ele nem a governadora civil abordou a questão da segurança de quem participa nestas missões.

Se o problema equacionado é a nível da protecção individual e não dos meios de combate ou intervenção, não serão tanto as populações a estar em risco, mas sobretudo os bombeiros, assumindo esta situação maior gravidade nas intervenções em incêndios urbanos, onde os espaços apertados, a complexidade e multiplicidade das situações e os perigos escondidos constituem riscos acrescidos.

Misturar os vários meios e tipos de equipamentos, quase dando a crer que a existência de uns compensam a falta de outros é esquecer que a segurança de quem efectua missões de risco é essencial para que estas sejam desempenhadas de forma eficaz e protejam efectivamente as populações e os seus bens.

Em Portugal continua a prevalecer uma cultura de risco, agravada pela impunidade com que a negligência é abordada e por uma política de facilitismo e da típica improvisão lusitana, numa mistura que é tanto mais explosiva quando o cenário é tão complexos e perigoso como o dos incêndios urbanos, os quais exigem meios e preparação especializados.

1 comentário:

anjo disse...

olá Amigo , pois todos os anos o dilema é sempre o mesmo os meios .Eles dizem sempre que são suficientes , mas quando há algum fogo maior , dizem que há falta de meios que os meios não saõ suficientes e temos que pedir as terras vizinhas , enfim vamos ver que ano se aproxima. Bom feriado um forte abraço beijos ;)