Os acidentes na linha do Tua repetem-se
Foi necessário que os sobreviventes se deslocassem durante centenas de metros ao longo da linha para pedir socorro, mas se ninguém estivesse em condições de o fazer ou a automotora se tivesse imobilizado num local de onde não fosse possível sair sem auxílio, então apenas quando o atraso na chegada indiciasse algum problema seria dado início a uma operação de busca e salvamento que demoraria um período de tempo imprevisível a localizar as vítimas.
Após esta sucessão de acidentes, resultando na suspensão temporária da circulação, continua a haver dúvidas quantos às causas reais dos mesmos perante as flagrantes contradições entre afirmações de peritos e testemunhos de quem se viu envolvido nos incidentes, faltando relatórios defenitivos onde haja uma completa clarificação do ocorrido.
O tradicional secretismo dos relatórios ou a sua não divulgação, algo que parece ser um hábito entre nós, impede a responsabilização e, no limite, a criminalização de quem, pela sua acção ou falta dela, permite que uma situação de risco, indesmentível perante o elevado número de acidentes, se eternize e continue a provocar vítimas nos dias de hoje.
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