sexta-feira, novembro 07, 2008

INEM diz que longo atraso não foi a causa de morte - 2ª parte


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Uma central de encaminhamento do INEM

Temos, ainda, a punição aplicada ao responsável pelo erro que, não sendo escrutinada, tanto pode ser insuficiente, caso estejamos perante uma negligência grave, agravada pelos resultados, como pode não ser mais do que o típico "bode expiatório" a quem são atribuidas culpas por uma situação cuja origem está na falta de recursos ou ineficácia da coordenação, do que resulta uma quase impossibilidade de efectuar um trabalho eficaz.

Esta situação, que não é única, também veio expor, mais uma vez, as fragilidades do sistema de coordenação e de orientação e a necessidade de rever rapidamente toda a estrutura que insiste em pecar por falta de meios técnicos e humanos, do que resulta um atendimento defeciente ou mesmo a perda de uma elevada percentagem de chamadas.

O sucedido, em conjunto com outras ocorrências, revela um subdimensionamento de meios que facilmente origina um excesso de trabalho e erros por parte de quem, por vezes apressadamente devido à pressão, tenta manter em funcionamento um sistema que necessita de reforço, pelo que seria conveniente que fosse uma entidade autónoma e independente a averiguar onde começa a responsabilidade do operador e que parte deve ser imputada ao INEM e aos seus dirigentes.

Já não é a primeira vez, e infelizmente não será a última, em que, independentemente de poder haver alguma responsabilidade individual, esta parece não ser partilhada pela instituição para a qual o funcionário trabalha, nem é avaliado o enquadramento laboral ou as condições que determinam a sua prestação, incluindo desde a formação aos recursos disponíveis, passando pelo próprio sistema de controle e supervisão.

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