Um incêndio, que lavra desde a tarde de sábado na Serra do Ameal, no concelho de Castanheira de Pêra, distrito de Leiria, continuava por circunscrever 24 horas depois, não obstante o esforço de 131 bombeiros apoiados por 31 veículos e um helicóptero bombardeiro pesado Kamov.
Igualmente por circunscrever perto do fim da tarde de Domingo e também mais de 24 horas após o início, estava o fogo que consumia mato em Couto Dornelas, no concelho de Boticas, distrito de Vila Real, sendo combatido por 52 bombeiros, apoiados por 15 veículos e dois helicópteros Kamov Ka-32.
Outros incêndios, como o de Pombares, concelho e distrito de Bragança, que começou no Sábado e o de Vilarinho, concelho do Sever do Vouga, distrito de Aveiro, eram combatidos por mais de 60 elementos e ambos continuavam igualmente por circunscrever ao fim da tarde.
O número de incêndios que se prolongam para além de 24 horas começa a aumentar, denotando-se uma cada vez maior dificuldade em combatê-los numa época em que os meios disponíveis não estão de acordo com o nível de risco resultante das condições climáticas e do estado em que se encontram as áreas florestais, onde o acumular de matéria combustível e a inacessibilidade comprometem uma acção rápida.
A falta de disponibilidade de voluntários nesta época em que poucos estarão de férias, a desertificação e migrações internas e a própria emigração há muito que deviam ter sido objecto de uma reflexão profunda da qual resultasse uma política diferente para o sector, que inevitavelmente passa por um maior profissionalismo.
Por outro lado, as políticas de desenvolvimento rural e de prevenção, ou a ausência destas, têm potenciado situações potencialmente explosivas, com uma excessiva acumulação de combustíveis em áreas inacessíveis que pressagiam uma tragédia que, a ocorrer, é sempre relatada com surpresa por parte de quem não quer assumir as próprias responsabilidades.
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