quinta-feira, abril 02, 2009

Triagem: racionalização e humanidade - 1ª parte


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Entrega de ambulâncias ao INEM

O falecimento de um maestro na noite de Sábado passado, após uma demora de hora e meia no atendimento por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) será averiguado internamente pela própria instituição, que abriu um processo de averiguações.

Neste caso concreto, perante uma queixa de fortes dores no peito, dado que a vítima teria apresentado sintomas de dores nas costas, ancas e braço do que resultou a necessidade de fazer fisioterapia, o INEM, através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa considerou não haver razões para activar meios pelo que deu instruções à família para solicitar o transporte para o hospital aos bombeiros.

Lembramos a campanha publicitária, de extrema utilidade, onde é aconselhado um contacto urgente com um serviço de atendimento médico e a importância da rapidez para que as consequências não sejam fatais sempre que haja suspeita de algum problema cardíaco, sendo que devia haver uma especial sensibilidade por parte de quem recebe e encaminha os pedidos.

A avaliação e triagem de pedidos efectuados de forma não presencial tem óbvias limitações, sendo virtualmente impossível estar seguro do estado real de uma vítima, independentemente do treino e do apuramento do método utilizado, pelo que é a nível da margem de tolerância, da sensibilidade e da compreensão que reside parte da análise e subsquente decisão.

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