Deve ser dada uma especial atenção não apenas ao comportamento dos particulares, mas também, e sobretudo, ao das instituições, com especial destaque para as autarquias, muitas das quais não só não implementam medidas a que são legalmente obrigadas, como surgem constantemente a queixar-se de falta de meios.
A vertente do ordenamento do território, tantas vezes ignorada e adiada, as constantes cedências perante a pressão imobiliária, uma das maiores fontes de receita das autarquias, muita das quais não hesitam em permitir autênticos crimes e comprometer a sustentabilidade do território em prol de uma vantagem imediata, deve merecer uma especial atenção e um absoluto rigor na avaliação de situações suspeitas.
Mesmo sabendo que a maioria, ou mesmo a totalidade das autarquias enfrenta sérios problemas económicos, e sobretudo por isso a prioritização de acordo com critérios objectivos de sustentabilidade é um dever e uma imposição, tornando-se inaceitável que a prevenção dos fogos seja sistematicamente preterida em prol de investimentos que, podendo ser mais vistosos, não são, certamente, tão necessários.
Resta, finalmente, o protesto perante a má sorte, o destino fatal e a afirmação de uma completa irresponsabilização tantas vezes confundida com a irrespondabilidade de quem, conscientemente, optou pelo caminho errado, estimulado, talvez, pela pressão eleitoral resultante do período que se avizinha.
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