sábado, junho 06, 2009

6º suicídio na GNR este ano - 2ª parte


Image Hosted by Imageshack
Militar da Guarda num jogo

É patente que a vulnerabilidade dos militares da Guarda, sobretudo nas patentes inferiores e perto de meio da carreira, colocados em unidades ou postos com poucos efectivos onde a rotina e a falta de perspectiva imperam, nos parecem particularmente vulneráveis, pelo que deve ser dada uma especial atenção a este grupo.

Dado que os militares da GNR podem ocupar postos inferiores da hierarquia durante toda a carreira, ao contrário do que acontece com os praças das forças armadas, a insatisfação, a frustração ou o completo desencanto, a surgirem, tendem a ser considerados como um beco sem saída e uma tortura que perdurará durante toda a vida profissional.

A ausência de alternativas profissionais e uma cada vez maior frustração, que podem ser complementados por factores externos comuns a todos os cidadãos, como o fim de um relacionamento, perda de familiares próximos ou um súbito problema económico, por exemplo, resultam num nível de risco extremamente alto que, por incluir aspectos não relacionados com o âmbito do serviço, carecem de uma auto-avaliação do próprio, através de um sistema que permita, de forma confidencial o armazenamento destes dados, os quais só poderiam ser utilizados quando um conjunto de factores determinasse o envio de um alerta.

Será precisamente o coligir de dados de várias proveniencias, inacessíveis até que se verifiquem determinados parâmetros, altura em que um alerta seria enviado para um gabinete exterior à Guarda, que pode permitir uma antecipação a actos desesperados, prestando o necessário apoio antes de os mais afectados atingir um ponto de não retorno.

Sem comentários: