terça-feira, julho 07, 2009

Peritos alertam para alargamento da época de fogos - 3ª parte


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Combate a um fogo florestal em Portugal

Assim, prevê-se um país dividido em dois, com um litoral onde existe um baixo risco de fogo, sobrepovoado e dotado de um crescente número de infraestruturas, onde deixa de haver espaço para espaços naturais, e um interior onde o risco de incêndio é elevado, com uma vulnerabilidade acrescida devido ao empobrecimento e à desertificação.

Passará, portanto, a existir não uma divisão quase absoluta, como que coexistindo dois países diferentes, dando origem a uma conjuntura onde a solidariedade nacional será severamente posta à prova e obrigará a opções difíceis das quais dependerá a sustentabilidade do País a longo prazo.

Na ausência de uma opção clara no sentido de reintegrar o Interior, incluindo neste o espaço geográfico e as populações, é manifesto que assistiremos a uma perda de território como espaço sustentável e econimicamente viável, sendo que com o avanço da desertificação a Sul podemos assistir a uma perda de mais de metade da área nacional como espaço útil.

Desta possibilidade, não temos dúvidas que resulta uma substancial quebra da viabilidade de Portugal como nação economicamente viável e um extremo risco em termos da própria soberania nacional, mantida sobretudo devido à integração na Comunidade Europeia.

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