terça-feira, setembro 01, 2009

Um triste mês de Agosto - 2 ª parte


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Bombeiros no combate a um incêndio florestal

Apesar do aumento de incidências relativamente ao ano anterior, não obstante os valores continuarem abaixo da média, é de realçar que o tratamento a nível de comunicação social tem sido francamente mais discreto, destacando apenas os fogos que decorrem perto de zonas populacionais de relevo, como sucedeu com o recente fogo no concelho de Sintra enquanto as restantes ocorrências tendem a ser noticiadas em edições menos vistas.

Verifica-se que as situações mais complexas, onde se verificou uma maior área ardida e se empenharam mais meios de combate foram relativamente negligenciadas, com a importância a decair na proporção inversa da distância entre o local da ocorrência e as cidades de Lisboa e Porto.

Manifestamente, após anos em que os fogos eram notícia de abertura, facto que se justificava parcialmente devido à extensa área ardida e ao número de vítimas, passou-se para o extremo oposto, com uma quase permanente omissão que, podendo ter alguns efeitos benéficos colaterais, acaba por minimizar um problema que continua bem real.

Se bem que o impacto dos incêndios tenha diminuido em termos absolutos ao longo dos últimos anos, não é menos verdade que continuam a atingir severamente a cada vez mais diminuta área florestal nacional, pelo que agravidade da perda de um hectar hoje ultrapassa em muito, a nível de consequência directas e indirectas, as que resultavam da devastação de uma área idêntica na década passada.

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