Infelizmente, a opção pela construção das vias com maior qualidade, mais dispendiosas, que seria a ideal caso houvesse disponibilidade financeira para isso, não estava de acordo com as reais possibilidades do País, pelo que o pagamento destas estradas, seja por via fiscal, repartindo o custo por todos os contribuintes, seja pela cobrança de portagens, fazendo os custos incidir sobre os utilizadores, era inevitável.
Esqueceu-se o decisor que existia uma opção intermédia, correspondendo a vias de menor capacidade, mas das quais não resultassem encargos insuportáveis que impliquem alguma forma de pagamento, deixando aos utentes a opção de circular em vias sem condições ou de suportar os custos de um luxo que, efectivamente, nunca pediram.
Na verdade, estamos diante da imposição de um serviço que, a menos que seja consideramos como o mínimo exigível, algo de que duvidamos, podemos considerar como um luxo imposto pelo Estado aos seus cidadãos, os quais, em termos práticos, têm dificuldades em recusar e, mais ainda, em deixar de pagar.
Poucos aceitariam que, por imposição, na sua localidade apenas existissem restaurantes de luxo ou pequenas tascas, e nenhum empresário conviveria com esta situação absurda, mas esta falta de lógica que beneficia alguns em detrimento das populações, enquanto compromete o futuro de todos, neste momento não tem retorno, mas tão somente uma possível correcção de rumo que parece tardar.
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