Temos, assim, para além de uma maior assimetria regional, um problema que se agrava, onde as consequências agravam as causas, potenciando-as, embarcando assim num ciclo vicioso que parece caracterizar inúmeros aspectos da vida nacional, onde más soluções agravam velhos problemas, levando à adopção de medidas que ainda pioram o quadro existente.
Tal como anteriormente, continua a faltar uma visão estratégica para o desenvolvimento do País, com políticas sectoriais muitas vezes incompatíveis entre sí, que se sabotam mutuamente, falhas de uma visão de conjunto e dos efeitos secundários que resultam desta interacção mútua.
Com o agravar da situação financeira, perante uma proposta de orçamento particularmente penalizadora para a economia, não é necessário ler o documento em toda a sua extensão para ser evidente a falta de investimento não apenas na solução de problemas pontuais, mas sobretudo na inexistência de soluções para as situações estruturais, que comprometem em muito o futuro do País.
Ninguém com bom senso terá dúvidas que 2011 será um ano difícil, durante o qual será necessário fazer opções complicadas, no entanto diz a experiência que estas nem sempre vão no sentido correcto, esquecendo-se que da falta de investimentos adequados pode resultar, posteriormente, um elevado preço a pagar, não apenas em termos económicos, mas também no respeitante à segurança e ao bem estar das populações.
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