Apesar de ainda faltar a discussão na especialidade, o recentemente aprovado Orçamento Geral do Estado para o ano de 2011, pelos seus traços gerais, é motivo de preocupação não apenas naquilo que afecta o rendimento das famílias ou o impacto na economia, mas por uma multiplicidade de aspectos que abrangem várias da problemáticas que aqui abordamos.
Devemos dizer que um Orçamento feito com base num quadro macro-económico irrealista, que contraria todos os indicadores conhecidos, a opinião de especialistas conceituados, as experiências prévias ocorridas noutros países e mesmo o senso comum, não apenas não acalma os mercados internacionais, como envia uma mensagem de pânico e irresponsabilidade colectiva.
Estudando um pouco os principais quadros, a primeira sensação é a de que as contas foram feitas de trás para a frente, manipulando-se as perspectivas macro-económicas de forma a que o resultado final seja o pretendido, partindo destes para os principais dados da equação os quais, pela sua conveniência, perdem toda e qualquer credibilidade.
Prova disto, é a contínua subida dos juros da dívida externa, confirmando a falta de credibilidade dos números apresentados e recentemente aprovados no Parlamento, bem como a séria desconfiança a nível da execução orçamental, onde a experiência prévia demonstra que os devios, a falta de controle e a inexistência de dados credíveis agravam um quadro já de sí muito problemático.
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