Segundo notícia do Portugal Diário, a área ardida na Beira Interior nos últimos 25 anos ultrapassa metade da área territorial desta região e, concretamente no distrito da Guarda, é de cerca de 508 mil hectares para uma área geográfica de 553 mil hectares de floresta ainda existente.
Esta é uma das conclusões das Jornadas Técnicas da URZE - Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela, que hoje decorreram em Seia sob o tema "Floresta, Ordenamento e Fogo: três factores comunicantes".
Segundo o documento aprovado ao princípio da noite, aquela situação tem conduzido a "numerosos impactos negativos, sendo os directos referentes à perda de produção (lenho, frutos, cogumelos) e indirectos, como o aumento da erosão do solo, alteração dos recursos hídricos, perturbações da fauna, aumento da poluição atmosférica e alteração da paisagem".
A diminuição e envelhecimento demográfico, com o consequente abandono de uma agricultura economicamente inviável, a que corresponde um aumento de área inculta, aliada à diminuição da quantidade de água disponível, são as causas principais para a ocorrência dos incêndios.
Conforme podemos apurar, o diagnóstico das causas estruturais é universal, pelo que as medidas a adoptar não podem ser apenas na área da prevenção e combate aos fogos florestais, sendo necessário ir mais longe e criar condições atractivas para que novos habitantes, sobretudo jovens activos, se fixem na região.
No entanto, e enquanto as medidas de fundo não são implementadas e começam a produzir efeito, existem soluções temporárias que é necessário colocar rapidamente no terreno, evitando que alterações mais profundas cheguem demasiado tarde.
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