Primeiro-Ministro José Sócrates
Queremos lembrar o apelo feito no Verão passado pelo Presidente da República, durante o auge dos incêndios florestais de 2005, bem como por diversos membros do Governo, dirigidos à sociedade civil, numa tentativa de mobilização improvisada, tardia, e, em última instancia, ineficaz.
Esta situação, que é tudo menos motivadora, aumenta a desconfiança nas palavras da classe política, vista como uma casta previlegiada que se limita a pedir, ou mesmo a exigir, o empenho e sacrifício de quem já muito dá.
Assim, fica aqui o desafio para que haja o envolvimento de um ou mais membros do Governo, sacrificando alguns dias de férias convencionais na participação em programas de vigilância e prevenção de incêndios florestais, como argumento mobilizador para os cidadãos, que continuam a sentir-se abandonados por dirigentes esquecidos de que o exemplo é a melhor forma de liderança.
Da resposta da classe política a este desafio, que foi feito por carta dirigida ao actual Primeiro Ministro, tiraremos as devidas elações que, sem dúvida, não deixarão de se repercutir na atitude de quem, até hoje, não tem hesitado em sacrificar-se na defesa do bem comum.
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