Beriev Be-200 durante uma largada
Lembramos que faltavam documentos, a serem fornecidos pelo fabricante através do representante em Portugal, nos quais seriam descritas diversas características relevantes para a operação desta aeronave e que são essenciais para a conclusão do inquérito.
Independentemente das razões que possam ser evocadas, o atraso na entrega de documentos que estão forçosamente disponíveis junto do fabricante, dado serem obrigatórios para qualquer processo de homologação, serve apenas para criar um clima de suspeição em redor de um assunto que, pela sua importância, devia ser prontamente resolvido.
É tradicional no nosso País que inquéritos nas mais diversas áreas fiquem sucessivamente parados, enquanto esperam informações ou dados, acabando inconclusivos ou esquecidos, consumindo inutilmente recursos sem que se chegue a qualquer tipo de conclusão, acabando arquivados num qualquer ministério, longe do escrutinio dos cidadãos.
Com este atraso na divulgação das conclusões do inquérito, independentemente dos resultados, pode ficar a ideia de ter havido uma manipulação da informação, de modo a que esta aeronave venha a ser adoptada, qualquer que seja a sua avaliação operacional, apenas devido à possibilidade de ser usada como pagamento da já lendária dívida soviética para com o nosso País.
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