Apesar da diminuição do número total de acidentes no período natalício, houve mais mortos do que no ano passado, do que se pode inferir que a gravidade das ocorrências foi superior.
Tal como é normal nas estatísticas rodoviárias portuguesas, nos 19 mortos contabilizados até agora não estão incluidas vítimas que faleceram após a chegada ao hospital, do que resulta uma franca sub-avaliação das consequências dos acidentes.
Esta situação pode decorrer do facto de, apesar do aumento da intensidade do tráfego rodoviário nesta altura do ano, haver menos tráfego do que no ano passado em virtude da crise económica, pelo que existe a possibilidade de circular a maiores velocidades, impossíveis com o trânsito mais compacto.
Para além da velocidade excessiva, o consumo de álcool, as manobras perigosas e a falta de utilização de dispositivos de retenção apropriados tem vindo a aumentar estas estatísticas negras de mais uma Natal.
Relativamente ao uso de cintos de segurança, não podemos deixar de reforçar a nossa posição, várias vezes expressa, de que este deve ser utilizado mesmo nas circunstâncias em que a actual legislação prevê a dispensa de uso, nomeadamente por parte de entidades policiais ou de tripulantes de veículos de emergência.
Neste caso concreto, será da maior importância que os comandantes e outros responsáveis sensibilizem os seus subordinados para a necessidade de adoptar procedimentos que reduzam os riscos de missões que sabemos ser difíceis e onde cada segundo conta.
Finalmente, reiteramos o tantas vezes repetido conselho da Brigada de Trânsito para que todos conduzam com prudência e não transformem esta época que deve ser festiva em período de luto.
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