sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Viatura de Intervenção Química pode ser desactivada


Image Hosted by ImageShack
Militares com fatos de protecção química

A Viatura de Intervenção Química (VIQ) adquirida pelo Ministério da Administração Interna e colocada ao serviço nos Bombeiros Sapadores de Setúbal, pode ser desactivada devido aos elevados custos de manutenção necessários à sua operacionalidade.

Esta possibilidade foi admitida pela presidente da Câmara de Setúbal, Dores Meira, na cerimónia comemorativa dos 221 anos dos Sapadores locais.

Sendo um meio de características particularmente específicas, que inclui um conjunto de equipamentos cujo prazo de vida útil é limitado, a manutenção da VIQ, caso estivesse completa com os dispendiosos fatos de protecção química, seria de 25.000 euros anuais.

Este valor corresponde, segundo a presidente da autarquia, a um "um encargo muito pesado para uma câmara", pelo que, estando a VIQ integrada no dispositivo nacional e sendo a única em serviço no Sul do País, seria de esperar que o custo fosse suportado pelo Governo.

Nesse pressuposto, "o caso já foi exposto ao secretário de Estado da Administração Interna em 2005, pelo então presidente de câmara, Carlos de Sousa, não tendo o município obtido qualquer resposta", tendo Dores Meira solicitado uma reunião ao ministro da Administração Interna para abordar o assunto.

A VIQ destina-se a intervir em acidentes que envolvam substâncias químicas e actua essencialmente fora do município de Setúbal, tendo a falta de material de substituição, seja por o existente ficar obsoleto, seja para efeitos de substituição, começado a levantar questões quanto à sua operacionalidade e à segurança que oferece aos seus tripulantes.

As VIQ são chamadas a intervir em casos de derrame, como acidentes com viaturas que transportem produtos químicos perigosos, sendo necessárias para garantir os meios e a segurança deste tipo de operações.

Se o número destes meios já é diminuto, a redução através da supressão da VIQ que actua no Sul do País coloca sérios problemas de intervenção caso haja um acidente ou mesmo uma acção terrorista de que resulte a libertação de agentes químicos, pelo que a manutenção destes meios, que deviam existir em maior número, é essencial.

Sem comentários: