quarta-feira, março 21, 2007

EPI e recursos - 2ª parte


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Incêndio no Verão de 2006

Logicamente, ficando as Equipas de Primeira Intervenção (EPI) na depedência do Ministério da Administração Interna, veriamos com bons olhos que fosse este a suportar os custos e que estas ficassem hierarquicamente sob o controle directo dos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) e não dos municípios.

Esta solução, para além de permitir uma concentração que ultrapassa o problema de equipas de apenas 5 elementos, de cuja operacionalidade permanente, em virtude das escalas de serviço, duvidamos, permitiria constituir uma reserva distrital profissionalizada, capaz de actuar como reforço dos bombeiros municipais ou voluntários.

Por outro lado, seriam evitados possíveis conflitos ou dificuldades entre voluntários e profissionais dependentes de um mesmo município, valorizando as potencialidades de cada e fomentando a complementaridade, em vez de ambos competirem pelos mesmos escassos subsídios que as autarquias disponibilizam.

Esta solução a nível dos CDOS também poderá potenciar a criação de "pools" de equipamentos e veículos a nível distrital, que poderão ser mantidos centralizados ou atribuidos temporariamente a níveis hierárquicos inferiores, de forma flexível e conforme as necessidades ou imposições de cada situação, evitando que meios dispendiosos fiquem permanentemente alocados a corporações que possam dispensá-los na maior parte do tempo.

Numa segunda fase, caso existam verbas e a experiência das EPI seja positiva, pode-se equacionar constituir equipas a nível de grupos de municípios, sempre com efectivos que permitam disponbilidade permanente, após o que, numa úlima fase, se poderia implementar a solução a nível municipal.

Mesmo constituindo novas EPI's a nível municipal, consideramos que estas devem ter uma estrutura diferente das existentes a nível dos CDOS, sob a forma de unidades mais ligeiras e com capacidade de intervenção mais rápida, de modo a desempenharem missões de prevenção, detecção e ataque inicial.

Esta estrutura, mais flexível e com material diferenciado, poderá resolver parte dos problemas existentes, mantendo a autonomia das corporações de voluntários e constituindo sucessivos escalões de reforço, com equipamentos mais pesados, capazes de serem usados como reserva quando a situação táctica o imponha.

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