sexta-feira, junho 29, 2007

Portugal vai enviar um Canadair para a Grécia


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Canadair CL-415 em acção em 2005

Na sequência de um apelo do governo grego, Portugal vai enviar um Canadair para aquele país mediterrânico onde as altas temperaturas têm dificultado o combate aos incêndios florestais.

Com temperaturas particularmente elevadas, muito superiores aos 40º, continuam por controlar uma dezena de incêndios de grandes dimensões, facto que levou as autoridades gregas a solicitar apoio internacional.

Dado que as chuvas de Maio e Junho diminuiram a probabilidade de incêndios florestais, Potugal disponibilizou um avião pesado Canadair CL-415 para apoiar o esforço grego e internacional para debelar as chamas.

Apesar da necessidade de planeamento, parece-nos algo excessivo que, numa situação de manifesta urgência, sejam necessários cinco dias após o pedido para proceder ao envio de uma aeronave para um país europeu, facto que nos leva a apontar para a necessidade de rever alguns dos métodos e procedimentos actuais no sentido de os agilizar.

A situação crítica que se vive actualmente na Grécia, país onde a média de área ardida é inferior à portuguesa, vem demonstrar até que ponto factores incontroláveis, como os que derivam da meteorologia, têm um impacto decisivo na propagação dos fogos florestais, algo que pode agravar-se com o aumento médio das temperaturas que se espera para os próximos anos.

Nos países do Sul da Europa, podem-se esperar anos relativamente tranquilos, com Verões de temperaturas amenas e Invernos pouco rigorosos, mas noutros verificar-se-ão vagas de calor, como sucede hoje em alguns países, do que resultarão situações de muito difícil controle, seja em termos de incêndios, seja de saúde pública.

Em contrapartida, noutros países do mesmo continente, baixas temperaturas, chuvas e inundações inesperadas colocam outro tipo de dificuldades e obrigam igualmente a difíceis missões de socorro, demonstrando a fragilidade do Mundo em que vivemos e a sua vulnerabilidade perante as alterações do clima.

Pelas previsões, este será um ano em que, mesmo com algumas vagas de calor, não serão enfrentadas as dificuldades que se viveram em 2003 ou 2005, sendo que se poderá estabelecer um paralelo com o ano anterior, acrescendo a menor vulnerabilidade resultante das barreiras formadas por áreas ardidas e pelas melhorias no dispositivo de combate aos incêndios.

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