domingo, novembro 25, 2007

Quase a mesma área ardida em Novembro e em Agosto


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Aspecto do combate aos fogos

O mês de Novembro deste ano foi aquele em que se verificaram mais incêndios e onde uma maior área, que se cifrava em 7.525 hectares até ao dia 22, ardeu.

Se compararmos esta área com a ardida em Agosto, contabilizada pela Direcção-Geral de Recursos Florestais (DGRF)em 7.944 hectares, verifica-se que foi após o termo da "Fase Charlie" que decorreu o segundo mês com maior número de área ardida, quando a maioria do dispositivo, incluindo quase todos os meios aéreos, já não estavam disponíveis.

Ainda segundo dados da DGRF, este ano arderam 29.299 hectares, dos quais 8.903 em áreas florestais e o restante em mato, tornando 2007 o ano com menor área ardida desde há muito, facto que não permite esquecer um conjunto de vulnerabilidades e de condicionantes que determinaram estes números.

Com um Agosto chuvoso, no qual a temperatura foi inferior à média anual, o número de incêndios foi invulgarmente baixo, podendo-se concluir que o dispositivo estava sobredimensionado para o que sucedeu, enquanto em Novembro, com condições climáticas mais favoráveis à propagação das chamas, a área ardida foi maior e o dispositivo apresentou-se como insuficiente.

É, obviamente, defensável o sobredimensionamento do dispositivo em Agosto, mas sê-lo-à menos a sua insuficiência em Novembro, quando era previsível que as condições climáticas iriam ser adversas e, mesmo assim, a opção foi a da redução em excesso dos meios disponíveis.

Este inédito mês de Novembro deverá ser objecto de estudo e enquadrado nas alterações climáticas que cada vez mais se fazem sentir, evitando que no futuro uma falsa sensação de segurança venha a comprometer os resultados dos meses de Verão.

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