segunda-feira, dezembro 03, 2007

INEM reforça meios na região Norte


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Uma VMER em Bragança

O Ministério da Saúde reforçou o dispositivo do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) na região Norte do país em mais 11 ambulâncias e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), tendo contratado mais 113 elementos para os meios agora disponibilizados.

No total, o INEM contratou 71 tripulantes de ambulância de emergência e 42 enfermeiros, que irão guarnecer as 11 novas ambulâncias.

A nova VMER fica sedeada no Hospital de Santa Maria da Feira, sendo os tripulantes provenientes desta unidade de saúde e eleva o total deste tipo de meio de socorro para 38 em todo o País.

As novas ambulâncias ficarão nos concelhos de Gondomar, Amarante, Régua, Fafe, Cabeceiras de Basto, Montalegre, Mirandela, Vila do Conde e Santo Tirso, que vão dispor de viaturas de Suporte Imediato de Vida, e em Chaves e Espinho onde ficarão unidades de Suporte Básico de Vida.

Recordamos que enquanto a VMER é um veículo de intervenção pré-hospitalar, que inclui na tripulação um médico e um enfermeiro e equipamentos de suporte avançado de vida, as ambulâncias do INEM têm como missão a estabilização e transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte para uma unidade de saúde, estando equipadas com os meios materias e humanso que permitam o suporte básico ou imediato de vida.

Para o Ministro da Saúde o recurso a ambulâncias em vez de urgências permite que os habitantes do Interior ficam melhor servidos em termos de cuidados de saúde, mas tal entra em flagrante contradição com o sentir das populações que se sentem mais inseguros ao serem privados de serviços ou valências com os quais sempre conviveram.

Obviamente, este responsável político não vive no Interior do País nem, quase de certeza, é tratado num hospital público, pelo que não tem ideia do que é, sobretudo para uma população idosa e carenciada, o efeito de ter que ser transportado para um serviço de urgência afastado, em estradas sinuosas e com mau tempo.

Também não tem ideia do que representa para os familiares terem que se deslocar longas distâncias para acompanhar o seu ente querido durante períodos de internamento, nem quais as implicações financeiras para quem pouco ou nada tem.

Mais, ainda, envia a mensagem política errada e contradiz quem diz apostar na promoção do Interior através de um conjunto de medidas do ambito fiscal que visam favorecer a fixação de empresas e de populações activas nas zonas mais desertificadas do País.

Mesmo que em termos técnicos o Ministro possa ter alguma razão, falha clamorosamente em analisar o problema de forma global e acaba por prejudicar todos os outros ministérios que ainda tentam inverter o despovoamento de uma cada vaz maior área do território nacional.

Este é uma situação que revela falta planeamento e coordenação, onde políticas sectoriais, mesmo que com mérito individual, são prejudicadas pela ausência de uma visão de conjunto que, no fim, determina a inutilidade das melhores ideias.

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