Socorro do INEM durante um acidente
Para além de questões funcionais e organizacionais, os processos irão, ainda, averiguar se houve alguma responsabilidade a nível disciplinar ou criminal por parte dos funcionários envolvidos, podendo culminar numa participação junto do Ministério Público, seguindo então os trâmites judiciais.
Também o INEM está a investigar, internamente, estas situações, incluindo algumas que não foram relatadas pela comunicação social, no que será acompanhado pela IGAS, pretendendo-se ainda, se necessário, detectar falhas e propor recomendações no sentido de as corrigir.
A recente sequência de incidentes não se deve, segundo a ministra da Saúde, Ana Jorge, a uma falta de efectivos, mas a uma descoordenação que poderá ter resultado da mudança no sistema de activação recentemente implementado.
Lembramos que, dependente das conclusões das investigações, os funcionários envolvidos podem ser submetidos a um processo disciplinar, caso se conclua pela sua responsabilidade, sendo que, se houver indícios de crime, haverá lugar a um processo judicial a ser instruido pelo Ministério Público, podendo o caso chegar a julgamento.
Sendo favoráveis a responsabilização individual dos funcionários, evitando que a culpa morra solteira, este tipo de investigação tende a ilibar os responsáveis pela implementação de sistemas inviáveis, propensos a erros, sem redundância nem capacidade de auto-detecção de falhas, colocados em exploração sem o periodo de testes adequado, bem como a tutela política que permitiu um conjunto de erros que tendem a ser facilmente detectáveis.
Também é normal não levar em conta a falta de formação, o excessivo número de horas de trabalho, a constante pressão a que são submetidos os operadores, bem como todo um conjunto de factores que podem contribuir para que estes falhem em momentos decisivos.
Lamentavelmente, o mais habitual é o de sancionar funcionários, ilibando quem criou as condições operacionais e um cenário propício a que as falhas se sucedam, os quais tiveram tempo, recursos, acessorias e todas as condições materiais para implementar um sistema que aparenta sofrer de um conjunto de vicissitudes que se têm traduzido em sucessivos incidentes.
2 comentários:
OlÁ , nos sabemos que existem umas gd falhas no atendimento , na rapidez não acho pode acontecer é estar mal explicido o local e o INEM ou Bombeiros perderem se , isso é erro da comunicação eu pessoalmente acho que está o gd erro:) beijos doces e boa semana
Olá
O problema em muitos casos nem é identificar o local, é não haver a capacidade de processar os pedidos de socorro.
Nem sequer é uma falta de meios, é o CODU não os activar prontamente dado haver pedidos em lista de espera e tudo isto com meios prontos para acorrer às situações
Um beijo
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