domingo, março 09, 2008

Mais uma morte resultante da má coordenação de meios de socorro - 2ª parte


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Ambulância do INEM em trânsito

O facto de todo o processo ter culminado com a morte da vítima, levou, naturalmente, a que os intervenientes tomassem posição e denunciassem o caso junto das entidades competentes.

Assim, o comandante dos bombeiros de Samora Correia apresentou uma queixa ao procurador-geral da República, através do Ministério Público de Benavente, e aos ministérios da Saúde e da Administração Interna, no sentido de esclarecer o sucedido e de apurar responsabilidades.

Também o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) já abriu um processo de averiguação interno, admitindo, desde já, que houve falhas no accionamento de meios.

Lembramos que Portugal há muito que devia ter implementado meios para localizar geograficamente as chamadas para o 112, tendo vindo a adiar a implementação do sistema, não obstante a possibilidade de sanções comunitárias e que as defeciências de coordenação continuam a ser um problema grave, com consequências fatais como a aqui relatada.

A possibilidade de instalar um sistema de seguimento, semelhante a um dos que já descrevemos nas VMER permitiria uma visualização centralizada sobre um mapa digital interactivo da posição de cada unidade, facilitando a coordenação e a atribuição das missões de socorro.

Se à visualização da posição das equipas de emergência se adicionasse a localização das ocorrências, a simples observação do mapa permitiria decidir com rapidez e precisão, reduzindo a possibilidade de erro, sempre existente em situações de maior pressão nomeadamente quando há vidas em risco.

Repetimos que a tecnologia, só por sí, não resolve problemas estruturais resultante de opções políticas erradas ou uma flagrante falta de meios, mas poderá evitar alguns dos erros que temos vindo a relatar e dará maior segurança e confiança quer às populações, quer aos elementos das equipas de socorro, que também necessitam de um maior apoio no desempenho das suas missões.

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