terça-feira, abril 29, 2008

Reforço no combate aos incêndios na zona do Gerês


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Um incêndio em Portugal

Este ano, o dispositivo de combate a incêndios florestais no ditrito de Braga vai ser reforçado, abrangendo as importantes zonas do maciço do Gerês, serras da Abadia, em Terras de Bouro e no Vale do Tâmega, na região de Basto.

Os meios sedeados neste distrito incluem dois helicópteros, um em Braga e outro em Fafe, um total de 285 elementos em regime de permanência, e o reforço de equipas de vigilância móvel das forças de segurança da Direcção Geral dos Recursos Florestais, para além de equipas de Sapadores do Exército e do Grupo de Intervenção de Proteccção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana.

Os 14 concelhos do distrito de Braga foram bastante afectados pelos incêndios em anos anteriores, com especial incidência em zonas protegidas, muitos deles resultantes de evidentes problemas de ordenamento do território, do abandono da actividade agrícola, de actos de negligência e de opções absurdas em termos de controle, leia-se proibição, de acessos.

O reforço de meios, sendo positivo, não será a solução para os problemas estruturais desta região, que carece de uma intervenção de fundo a muitos níveis, de modo a combater a desertificação, o empobrecimento e o abandono do que resulta uma vulnerabilidade que facilita a propagação dos fogos.

Continuar a optar por deslocar efectivos de combate aos fogos para defender zonas desertificadas, sem sustentabilidade económica, abandonadas pelas populações apenas adia o inevitável, sendo que em poucos anos já pouco restará que justifique o investimento anual na luta contra as chamas, altura em que uma das áreas de maior valor ambiental no nosso País estará defenitivamente excluida dos itinerários turísticos e condenada a desaparecer.

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