Um dos cartazes que pediam informações
Hoje, não vamos recordar esses textos, mas sobretudo lembrar que qualquer caso que envolva um desaparecimento não pode ser esquecido e que estes devem ser periodicamente recordados, acrescentando novos dados, se existentes, aos "sites" das polícias responsáveis pela investigação e actualizando as fotografias das vítimas sempre que tal se justifique.
Para além do desparecimento de Madie, várias crianças portuguesas, cujos desaparecimentos envolveram infinitamente menos recursos, continuam por encontrar, as suas fotos permaneceram longos anos sem serem actualizadas, tornando-as virtualmente inúteis, as famílias nunca tiveram acesso a todas as informações a que tinham direito e a comunicação social, passada a emoção inicial, deixou de acompanhar o caso.
Algumas das fotos de Madeleine publicadas
As novas tecnologias devem desempenhar uma função essencial no alerta, seguindo normas e critérios devidamente estabelecidos, em parceria com entidades que envolvam os operadores de comunicações, prestadores de serviço de acesso à Internet, detentores de sistemas de aviso, como os que estão presentes nas auto-estradas e, essencialmente, com a sociedade civil, de quem depende, em última instância, o exito ou fracasso desta iniciativa.
Este aniversário deve ser aproveitado como um dia de reflexão, sem entrar em especulações nem sentimentalismos, concentrando o esforço no sentido de encontrar soluções que numa primeira vertente previnam e numa segunda possam facilitar a localização das vítimas deste tipo de crime, particularmente desprotegidas em países onde pouco ou nada se aprende com a experiência de casos passados.
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