sábado, maio 03, 2008

Madie McCann, um ano depois do desaparecimento


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Um dos cartazes que pediam informações

O desaparecimento de Madeleine MaCann já foi por diversas vezes abordado, sob diversas perspectivas, que vão desde a solidariedade a uma análise mais profunda, que incluiu as repercussões que teve a nível da exposição pública de um conjunto de fragilidades da investigação criminal e da alegada falta de profissionalismo na gestão de crises e no relacionamento com a comunicação social.

Hoje, não vamos recordar esses textos, mas sobretudo lembrar que qualquer caso que envolva um desaparecimento não pode ser esquecido e que estes devem ser periodicamente recordados, acrescentando novos dados, se existentes, aos "sites" das polícias responsáveis pela investigação e actualizando as fotografias das vítimas sempre que tal se justifique.

Para além do desparecimento de Madie, várias crianças portuguesas, cujos desaparecimentos envolveram infinitamente menos recursos, continuam por encontrar, as suas fotos permaneceram longos anos sem serem actualizadas, tornando-as virtualmente inúteis, as famílias nunca tiveram acesso a todas as informações a que tinham direito e a comunicação social, passada a emoção inicial, deixou de acompanhar o caso.


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Algumas das fotos de Madeleine publicadas

Lembramos também que não existe entre nós um mecanismo de alerta rápido, semelhante ao "Amber alert", que disponibilize junto de toda a população a informação necessária para que esta contribua activamente fornecendo informações, factor essencial se nos lembrarmos que as primeiras 24 horas seguintes a um desaparecimento são decisivas e que, depois deste limite, a possibilidade de ter exito na recuperação da vítima reduz-se substancialmente.

As novas tecnologias devem desempenhar uma função essencial no alerta, seguindo normas e critérios devidamente estabelecidos, em parceria com entidades que envolvam os operadores de comunicações, prestadores de serviço de acesso à Internet, detentores de sistemas de aviso, como os que estão presentes nas auto-estradas e, essencialmente, com a sociedade civil, de quem depende, em última instância, o exito ou fracasso desta iniciativa.

Este aniversário deve ser aproveitado como um dia de reflexão, sem entrar em especulações nem sentimentalismos, concentrando o esforço no sentido de encontrar soluções que numa primeira vertente previnam e numa segunda possam facilitar a localização das vítimas deste tipo de crime, particularmente desprotegidas em países onde pouco ou nada se aprende com a experiência de casos passados.

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