segunda-feira, maio 19, 2008

Falta de pessoal paraliza VMER pela quarta vez


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Uma viatura médica do INEM

A falta de equipas médicas em diversas áreas do Interior do País tem resultado em periodos de inactividade de algumas das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), como sucedeu recentemente em Beja.

O regresso a Espanha de oito médicos originários daquele País reduziu a VMER adstrita ao Hospital de Beja a apenas 12 clínicos, obrigando-a a uma nova suspensão de actividade durante a passada de quarta-feira, elevando para quatro o número de ocasiões em que esteve indisponível nas duas últimas semanas.

A saída de médicos espanhóis, muitos dos quais estavam em Portugal há largos anos, numa altura em que havia desemprego destes profissionais em Espanha, deve-se ao facto de diversas unidades de saúde do seu país de origem estarem com falta de pessoal, oferecendo melhores condições e maior estabilidade do que as existentes em Portugal.

Esta situação, que se arrasta desde o início de Março, impediu que a VMER respondesse ao pedido dos bombeiros, que solicitaram o seu apoio no socorro de um acidente grave que ocorreu no IP8 e vem, mais uma vez, exemplificar o elevado número de efectivos necessários para operar por turnos de forma a manter uma disponibilidade permanente.

Para obviar a esta situação, uma dezena de médicos da sub-região de Saúde de Beja vão começar a receber formação, de modo a refazer a equipa desta VMER, mantendo-a permanentemente operacional e evitando as falhas que tendem a concentrar-se durante os períodos de trabalho normal que estes profissionais desempenham em várias instituições da região.

Esta situação, que se repete um pouco em todo o País, deve fazer reflectir se as equipas das VMER devem ser constituidas por pessoal médico em horário pós-laboral ou se estes devem pertencer, na sua totalidade ou em parte, aos quadros do INEM fazendo uma carreira na área da emergência médica.

Também devemos reflectir, aplicando a outras situações, como o caso das Equipas de Intervenção Permanente, a problemática da escassez de efectivos quando haja necessidade de os distribuir por turnos, bem como a obrigatoriedade de concentrar meios sempre que valores mínimos não estejam disponíveis para garantir a operacionalidade e a própria segurança de quem participa nas missões.

1 comentário:

anjo disse...

olá , infelizmente temos estes pequenos problemas , que se tornam um pouco chatos pk infelizmente as pessoas que estão doentes e precisam de socorro não tem culpa :) enfim estamos em portugal , beijos doces e boa semana;)