Durante a noite de sexta para sábado passado, foram numerosos os veículos bloqueados na A4 e noutras estradas, tendo os ocupantes, nalguns casos, permanecido longas hora no local, sem possibilidade de se deslocarem e sem o apoio que consideravam necessário neste tipo de situação.
Segundo a Protecção Civil, não lhe cabe prestar socorro nestas situações, que não são consideradas como catástrofes e, cuja responsabilidade cabe, neste caso, ao concessionário, podendo apenas coordenar os esforços das corporações locais envolvidas em operações de evacuação.
Para a Brisa, não terá havido falta de meios perante o maior nevão dos últimos 30 anos, e garante que nenhum veículo ligeiro ficou retido, algo que parece contradizer as imagens televisivas e nos leva a questionar quais os padrões de serviço e de disponibilidade da via considerados aceitáveis por parte do concessionário.
Com as entidades locais sem meios adequados, perante a incapacidade das autoridades policiais de fazer mais do que interditar as vias de comunicação mais atingidas, devemo-nos interrogar acerca da responsabilidade por acudir a situações que, mesmo parecendo inócuas numa primeira fase, podem evoluir e colocar em risco a vida de quem se vê preso numa autêntica armadilha.
Durante vários anos, o maior problema a nível de protecção civil resultava dos incêndios florestais, tendo sido realizados investimentos substanciais nessa área, mas outras houve que foram sendo descuradas, nomeadamente as que resultam de tragédias naturais ou condições climáticas extremas.
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