Verifica-se, pois, que apesar das alterações climáticas que se têm vindo a sentir nos últimos anos e que apontam para a possibilidade de condições mais extremas, incluindo períodos propícios à formação de neve e gelo, não se efectuaram investimentos condizentes nem em meios de socorro, nem na adequação de infraestruturas, que surgem hoje como extremamente vulneráveis mesmo diante de nevões que seriam considerados insignificantes mesmo na nossa vizinha Espanha.
A Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil (APTSPC) considerou que a responsabilidade era da Protecção Civil e acusa-a de ser ineficaz por permitir que numerosas pessoas ficassem isoladas dentro dos veículos ao “não ter preparado os meios e acções para que tal não ocorresse”, apesar de a queda de neve ter sido prevista.
A APTSPC acusa a ANPC de, perante algo de previsível, mas que foi agravado pela falta de prudência e de civismo de muitos automobilistas, não ter previsto e planeado, nem mobilizado os meios necessários para enfrentar uma situação que se sabia ultrapassar em muito os recursos das corporações de bombeiros locais.
Se para a APTSC o problema reside essencialmente nas falhas de coordenação e comando da ANPC, tal parece não ir até ao topo, ou seja, apontar para um conjunto de opções políticas que não contemplam o previsível aumento de ondas de frio e de calor e falham não apenas na área da protecção civil, mas em todo um conjunto de equipamentos que são necessários para evitar que parte do País fique paralizado, do que resultam consequências económicas graves.
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