sábado, outubro 24, 2009

Já arderam mais de 80.000 hectares em 2008


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Sapadores no combate a um incêndio florestal

Até ao passado dia 15 arderam em Portugal perto de 82.000 hectares de floresta e mato, batendo os números registados em qualquer dos quatro anos anteriores

Os dados, ainda provisórios, da Autoridade Florestal Nacional apontam para valores de área ardida perto de cinco vezes superiores aos do período homólogo de 2008, um ano atípico durante o qual arderam apenas 15.260 hectares, pelo que a comparação perde algum sentido, mas que não podem deixar de ser um alerta para uma possível evolução futura.

Lembramos que foi estabelecido como objectivo limitar a área ardida a um máximo de 100.000 hectares anuais, valor que devia há muito ter sido substituido pela obrigatoriedade de repor a área florestal destruida acrescida de uma percentagem que garanta o ser crescimento sustentado.

Tal como mencionamos anteriormente, a probabilidade de se atingirem os 100.000 hectares de área ardida este ano é baixa, mesmo tendo em conta o prolongar do tempo quente, já que não é expectável que as condições na última quinzena de Outubro e em Novembro e Dezembro sejam propícias a grandes fogos, mas será de lembrar que o dispositivo foi bastante reduzido e que um pequeno incêndio nesta época do ano poderá ter consequências mais gravosas do que durante o Verão.

Independentemente da área ardida, a diminuição da área florestal, resultante de um número de novos povoamentos que não compensa os destruidos pelo fogo, e o crescente abandono do Interior e da actividade agrícola implica que mesmo abaixo dos 100.000 hectares considerados como objectivo, estamos perante um défice e, consequentemente, diante de mais uma derrota, por muito que se pretenda usar os números para demonstrar o contrário.

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