segunda-feira, agosto 09, 2010

Julho foi o pior mês de fogos dos últimos quatro anos - 3ª parte

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Helicóptero no combate a um fogo em Portugal

Assim, torna-se óbvio que o combate aos fogos, e subsquente custo, na defesa de zonas que não têm qualquer interesse económico e de duvidoso valor ecológico, acaba por resultar da necessidade de conter as chamas longe de explorações agrícolas ou florestais rentáveis e de zonas edificadas, muitas das quais em permanente risco devido à falta de ordenamento e de limpeza das matas, entre as quais se incluem inúmeras propriedades do Estado.

São efectivamente poucos os concelhos que desenvolvem acções sérias e eficazes na prevenção dos fogos, pelo que o investimento em sapadores florestais, que tem aumentado, acaba por ser pouco relevante, sobretudo quando este apenas substitui o mesmo número de voluntários.

Se alguns ainda se lembram que é no Inverno que se decide do exito ou fracasso do combate aos fogos no Verão, poucos são aqueles que dispoem do poder executivo para o por em prática que acolhem este princípio óbvio, refugiando-se a esmagadora maioria num rol de justificações entoados em tom de lamento.

Lembramos, que em anos anteriores, o tom era francamente triunfalista, ostentando-se a diminuição de área ardida como uma vitória política, quando os ganhos se deveram essencialmente às alterações das condições, as quais dificultavam a propagação dos fogos, e a uma melhoria operacional, quando, efectivamente, nada se avançara em termos estruturais.

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