Entre os cortes mais receados encontram-se aqueles que atingem a área da Saúde, que implicam uma diminuição de despesas em diversos sectores, incluindo nos cuidados hospitalares e no próprio socorro, mas também nas transferências para as autarquias, responsáveis por um número crescente de missões no ordenamento do território e prevenção e combate aos fogos.
Sem acções de prevenção e com cortes no reequipamento das corporações, que vêm assim os seus meios cada vez mais degradados, impõe-se, desde já, começar a equacionar a próxima época dos fogos, que encontrará o País numa situação de maior vulnerabilidade face ao habitual, sendo, inclusivé, de temer que os meios contratados durante a época de maior risco sofram uma redução substancial.
É, efectivamente, possível poupar em diversas áreas, inclusivé no combate aos fogos, para usarmos este exemplo, mas tal implica investir agora para evitar custos mais elevados no futuro, sendo mais que óbvio que da falta de investimento resultarão elevadas despesas no espaço de poucos meses, às quais se tem que adicionar perda de rendimentos e consequente diminuição de receitas fiscais.
O "ano terrível" que as instâncias comunitárias prevêm irão muito além de problemas económicos e sociais, atingindo directamente a segurança dos cidadãos e abalando, uma vez mais, a confiança que estes ainda depositam no Estado, e sem a qual dificilmente aceitarão os cada vez maiores sacrifícios que este impõe.
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