O recurso a imagens obtidas por satélite e via aérea, a partir das quais é possível elaborar mapas de distribuição das espécies vegetais, pode ser uma arma poderosa na prevenção dos incêndios que, ano após ano, têm consumido a floresta.
Obter e analisar essas imagens, mais do que simples fotografias, é a finalidade dos investigadores portugueses envolvidos num projecto europeu que associa os meios de detecção remota à solução de problemas ambientais.
Os bombeiros são os primeiros a sublinhar a importância desta aplicação, uma vez que o tratamento das imagens – chamadas multiespectrais – permitirá, em relação a determinada zona, identificar onde crescem que espécies vegetais.
Já se sabe que algumas árvores como, por exemplo, o eucalipto, ardem mais facilmente do que outras, como o sobreiro, pelo que conhecer-lhes a distribuição e os pontos em que as várias espécies estão próximas será uma informação preciosa.
Logicamente, para além de estudos, que têm sido realizados mas cujos resultados e conclusões são, normalmente, ignorados, o importante é que das informações recolhidas se passe à prática, nomeadamente através de um novo ordenamento das zonas florestais, de forma a diminuir o risco de incêndios.
Actualmente, muita dessa informação já existe, embora não tão sistematizada, tendo-se verificado, sobretudo, a uma falta de capacidade de implementação.
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