Foram ontem anunciados, pelo Ministro da Administração Interna a contratação de novos meios aéreos para o próximo Verão de forma a que existam de meios aéreos permanentes, durante todo o ano, para o combate aos incêndios, e o lançamento, na última 4ª feira, de sete concursos a médio prazo para a contratação de aviões e helicópteros.
Na apresentação do projecto, António Costa explicou que “não foram lançados desde já os concursos para a compra, através de ‘leasing operacional’, dos aviões pesados, uma vez que estão em curso negociações com a Federação Russa para o pagamento da dívida a Portugal através da entrega de quatro aeronaves Beriev 200”.
No calendário estabelecido para o combate a incêndios florestais, entre 1 de Janeiro e 15 de Maio e de 15 de Outubro a 31 de Dezembro, estarão operacionais os actuais dois helicópteros médios do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
A 15 de Maio os helicópteros disponíveis passam para oito, sendo 6 ligeiros e 2 médios, até ao início de Junho, quando ficarão disponíveis 16 meios aéreos, incluindo 6 helicópteros ligeiros e 2 médios e 8 aviões ligeiros.
Entre 15 e 30 de Junho e 1 e 15 de Outubro, as 16 aeronaves disponíveis terão o apoio de 2 aviões pesados, num total de 18 meios aéreos.
Para a época de maior risco de incêndios florestais, entre 1 de Julho e 30 Setembro, estarão disponíveis 50 meios aéreos – 24 helicópteros ligeiros e 10 médios e 8 aviões ligeiros, 6 médios e 2 pesados.
Segundo o ministro, os concursos agora lançados destinam-se à aquisição de meios permanentes, que incluem 4 aviões pesados anfíbios, 6 helicópteros médios e 4 ligeiros, e de meios sazonais, num total de 14 aviões médios e ligeiros, 4 helicópteros médios e 16 ligeiros, sob a forma de contrato plurianual.
Para os contratos de meios sazonais foi fixado um preço base 25% inferior aos concursos de 2004 no valor de 19,4 milhões de euros.
Segundo o Ministro da Administração Interna, “o facto de serem plurianuais (de 3 ou 5 anos) confere aos contratos uma estabilidade que permite aos operadores fornecerem melhores meios, favorece a criação de experiência na operação, deve permitir a redução dos custos (porque se reduz o risco do operador) e evita atrasos no lançamento anual dos concursos”.
Se contarmos com os 2 helicópteros do SNBPC, estamos a falar de 50 meios aéreos disponíveis na época mais crítica, sendo que este número serve mais para enviar uma mensagem política do que para resolver um problema estrutural que o Governo continua a não saber ou não querer enfrentar.
Continuaremos a insistir que o mesmo esforço financeiro na prevenção e no ordenamento do território seria um muito melhor investimento, mais duradouro e com menos consequências nefastas para as populações e para a economia nacional, já que, por muito eficaz que seja o combate, os danos irão sempre existir e poderemos assistir a situações semelhantes às vividas nos anos recentes.
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