Chegou ontem ao Chile uma equipa portuguesa que vai recolher informações sobre o funcionamento dos sapadores e do sistema de combate a incêndios naquele país, com vista à constituição do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), integrado na Guarda Nacional Republicana.
A equipa de reconhecimento é constituída por 4 elementos, um representante do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, um da Escola Nacional de Bombeiros e dois da GNR, e deverá permanecer naquele país sul americano durante cerca de uma semana.
A formação dos 500 elementos do GIPS, que deverá estar operacional já no próximo Verão, está a ser articulada entre as três entidades referidas.
Os sapadores chilenos têm vindo a colaborar com os bombeiros portugueses ao longo dos anos mais recentes, tendo gerado algumas polémicas devido aos métodos propostos e aos reparos feitos relativamente a algumas práticas habituais em Portugal.
Lembramos que a falta, ou o pouco uso de ferramentas de sapador e o gasto excessivo de água, sugerido num relatório dos sapadores chilenos, causou um certo mal estar entre os bombeiros portugueses, não obstante a apreciação globalmente positiva da actuação destes ao longo dos meses do Verão passado.
É importante ressalvar que o elevado número de incidências, a evolução demográfica no Interior, nomeadamente o envelhecimento e diminuição da população, e o seu reflexo no número de voluntários, condiciona as tácticas utilizadas que, não sendo as ideais, são as possíveis.
Como única forma de obviar estes problemas, uma maior incidência na prevenção e no ordenamento do território é o caminho a seguir, sendo o único que permite obter resultados concretos sem a contrapartida de custos incompatíveis com o actual estado das finanças públicas.
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