Helicóptero em missão de combate aos fogos
Consideram que o tempo "está a esgotar-se" e o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil ainda não lhes comunicou "nada", nomeadamente, como é que se vai processar a coordenação operacional, com que meios humanos e materiais podem contar e qual o plano de combate.
Segundo os comandantes, em declarações ao Correio da Manhã, "reina uma grande confusão no sector", provocada pelas "alterações profundas" que o Governo decidiu introduzir e que ainda não tiveram consequências práticas e podem "atrasar" o plano nacional de combate aos fogos florestais.
"Ninguém sabe quem é que vai comandar quem, quais as competências operacionais dos actuais comandantes e onde é que vão ficar sediados os meios aéreos que o Governo prometeu reforçar este ano", disse um comandante de bombeiros que preferiu o anonimato, afirmando que "falta pouco tempo para o regresso dos incêndios" e "ainda não se sabe com aquilo que se pode contar".
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, diz compreender as preocupações dos bombeiros, mas apela à calma, salientando que "os comandantes gostam de saber atempadamente com o que vão contar para o combate aos fogos".
No entanto, esta é uma questão pertinente e que parece ter sido esquecida, não obstante as alterações introduzidas no dispositivo a nível nacional e cujos contornos defenitivos se desconhecem, impossibilitando os escalões inferiores de começarem, desde já, a planear a próxima época de fogos.
Mesmo alegando que ainda há tempo, cerca de 5 meses, a experiência diz-nos que este passa rapidamente e, quando se começa a encarar seriamente o problema dos incêndios de Verão, muitas vezes é demasiado tarde para um planeamento e preparação adequadas.
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