sexta-feira, junho 16, 2006

Sapadores florestais de S. Pedro do Sul em risco de extinção


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Equipa de Sapadores Florestais

As cinco equipas de sapadores florestais criadas o ano passado no concelho de S. Pedro do Sul, para a vigilância e combate aos fogos, estão em risco de extinção porque o Governo vai reduzir em 30% as verbas destinadas à sua manutenção.

"Em 2005, o Governo atribuiu 50.000 euros a cada equipa, este ano só nos quer dar 35.000. Assim, vai ser muito difícil geri-las e mantê-las em actividade. Podem mesmo acabar", alerta Carlos Soares, presidente da Junta de Freguesia de S. Cristóvão de Lafões, que administra a equipa de sapadores local.

O autarca avisa que está em causa o combate aos fogos florestais e as acções de silvicultura preventiva a que estão obrigados. "Sem dinheiro para os ordenados, os seguros dos jipes e para o material de desgaste, vai ser difícil ir para o terreno", sublinha.

O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, António Carlos Figueiredo, esteve reunido com os responsáveis pelas cinco equipas de sapadores do concelho, reagiu indignado ao corte de verbas por parte da Administração Central.

"É uma vergonha. O Governo assinou contratos com as Juntas de Freguesia prometendo uma coisa e agora fazem outra", critica o autarca, que aproveita para lembrar outro incumprimento contratual, acrescentando que "desde Janeiro que não transferem verbas para o gabinete técnico florestal da Câmara. São 2.000 euros por mês em falta".

Cada equipa de sapadores é constituída por cinco homens, que receberam formação durante um mês, e deslocam-se numa viatura equipada com um depósito de 300 litros de água e 75 metros de mangueira

As equipas de sapadores foram criados nas freguesias mais florestadas S. Pedro do Sul, Sta. Cruz da Trapa, Sul, S. Cristóvão de Lafões e Pindelo dos Milagres e desempenham missões de vigilância, sendo também incumbidos de uma primeira intervenção.

Para além da questão do incumprimento contratual, que por não termos acesso ao clausulado nos abstemos de comentar, a redução de verbas destinadas a uma actividade tão vital como a prevenção e a primeira intervenção é um óbvio erro de consequências imprevisíveis.

Sabendo-se que as autarquias dificilmente podem compensar o corte de verbas por parte do poder central, mais ainda se esta redução surge de forma imprevista, esta decisão envia a mensagem errada às populações, sobretudo aquelas que mais sofreram nos últimos anos devido aos incêndios florestais,

Por outro lado, durante os últimos meses as despesas com combustíveis têm vindo a aumentar substancialmente, tornando este corte de verbas ainda mais difícil de suportar sem reduzir os efectivos e, em consequência, a área protegida.

Temos vindo a afirmar que o esforço essencial, para além das medidas estruturais que se impoem, deve ser na prevenção, quer a nível de silvicultura de descontinuidade, quer no reforço das acções de patrulhamento, sendo certo que este investimento se traduz em importantes poupanças a nível dos meios de combate e, sobretudo, do risco que este implica para quem combate os incêndios e para a população em geral.

3 comentários:

Anónimo disse...

É realmente incrivel ! Como é possivel dizer que os custos com os testes do Beriev ( que devem ser feitos ) custar entre 1.2 e 1.5 milhões de euros e não um valor exacto de 1.2 e com os 300.000 que sobram pagar a estes sapadores ( que ja sobra ) ?
Tantos estudos e recomendações dizem que o ponto mais importante na preservação da nossa floresta é a prevenção, vigilancia e ataque rapido a fogos nascentes ( por pessoas que teoricamente estão sempre no terreno e o conhecem bem ) e no final fica tudo na estaca zero !
Ja agora uma nota, que se aplica em qualquer profissão : Ha que ter responsabilidade e dedicação pois tambem ja vi sapadores a abandonarem um fogo porque estava na sua hora do almoço !! Isto tambem é deitar dinheiro fora
Melhores cumprimentos
Paulo Gonçalves

Anónimo disse...

a

Anónimo disse...

Não te preocupes com os sapadores porque o nosso Presidente (aqui é conhecido por Senador Mor) também não se preocupa.É só conversa da treta. Ele quer é carro novo, (comprou um BMW por 50.000 e tem a Câmara falida), gastou 5.000.000 de euros numa ponte e duas rotundas. E nunca se o que ele diz. Pois diz sim a toda a gente. E quanto aos fogos, os proprietários que limpem as matas que foi para isso que receberam os subsídios.