quarta-feira, agosto 23, 2006

PSD elogia António Costa


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António Costa e Gil Martins do CNOS

A coordenadora do PSD para os Fogos Florestais, Maria Ofélia Moleiro, considerou esta segunda-feira os ministros do Ambiente e Agricultura "os dois grandes culpados" pelos incêndios devido às falhas na prevenção, mas salvaguardou a eficácia do titular da Administração Interna.

"O PS teve a sorte de ter um ministro da Administração Interna que está a mexer com as coisas, mas tem o azar, ou teve a ineficácia no "casting", de colocar dois ministros, do Ambiente e da Agricultura, que não fazem o que têm a fazer" em termos de prevenção, adiantou a deputada social-democrata.

Este membro da Comissão Eventual para os Fogos Florestais, acusou o Ministério do Ambiente de "incúria, desleixo ou falta de vontade política" e de deixar ao abandono parques naturais e áreas protegidas, "não fazendo nada nem deixando ninguém fazer o que quer que seja" para evitar a propagação de incêndios.

Relativamente ao Ministério da Agricultura, Maria Ofélia Moleiro criticou o facto de só a meio de Agosto, "vir a correr" apresentar "numa nova estratégia florestal".

Já por diversas vezes a ausência dos ministros da Agricultura e do Ambiente foi aqui lembrada, como contraponto à quase permanente presença do títular da Administração Interna que, independentemente de não concordarmos com algumas opções e declarações deste governante, que muitas vezes criticamos, deu um raro exemplo de dedicação ao cargo.

Mesmo argumentando que nesta época, em que a primazia é do combate e não da prevenção, a presença que se impõe de forma constante é a de António Costa, não nos recordamos de nenhum outro ministro que o tenha feito com o mesmo empenho.

No entanto, a questão da falta prevenção não é exclusivo do Governo, e será bom lembrar, por exemplo, que muitas autarquias são igualmente responsáveis pelo lamentável estado das matas ou que a comunicação social só aborda a problemática dos incêndios quando as chamas invadem o País, pelo que será bom analisar, em consciência, se cada um de nós cumpriu o seu dever cívico.

Assim, lamenta-se que os responsáveis pelas políticas de prevenção não se tenham empenhado de igual forma, condenando assim o que podia ser um combate de sucesso a um simples controle de danos cujos resultados finais não podem satisfazer um observador atento.

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