Monumento aos militares mortos em 1966
Cercados pelas chamas, num dos mais terríveis incêndios de que há memória em Portugal, de que a serra de Sintra nunca recuperou inteiramente, esta é uma data que tem sempre que ser recordada.
As cerimónias oficiais vão decorrer a partir das 10:35 com uma alocução alusiva à homenagem, apoós o que será colocada uma coroa de flores no monumento evocativo, seguindo-se um breve momento de silêncio.
Seguidamente, terá lugar a romagem ao local onde estão plantados 25 ciprestes, que simbolizam cada um dos militares falecidos, local onde o Capelão militar fará uma oração, finalizando assim a cerimónia.
No Quartel do Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1 de Queluz será guardado um minuto de silêncio em simultâneo com as cerimónias a decorrer no Pico do Monge.
Em 1966 não existiam os meios actuais de combate, não havia apoio aéreo ou comunicações modernas, e a falta de treino dos militares não permitia actuar em segurança nos acidentados e traiçoeiros declives e escarpas da serra, que se revelou fatal para este conjunto de 25 homens.
O que se passou há 40 anos em Sintra deve-nos fazer reflectir sobre a necessidade de uma cultura de segurança, sobre as formas de actuação e os procedimentos tácticos, pois se o progresso foi enorme, muito há ainda por fazer para evitar que tragédias semelhantes continuem a acontecer.
Hoje, é, antes de mais, um dia de reflexão e de homenagem aos que faleceram neste acidente, mas que a dor não faça esquecer as actuais dificuldades que continuam a existir no combate aos fogos que anualmente devastam o País.
Num País onde se lamenta muito e se aprende pouco, fica aqui a nossa homenagem a quem partiu antes de tempo quando travava uma luta que se eterniza.
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