sábado, novembro 25, 2006

Uma lição de História: Reconhecimento pelo fogo


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Disparo noturno de arma de fogo

Ao contrário do que o tema deste "blog" poderia fazer supor, não estamos a falar de nenhuma táctica praticada pelos bombeiros mas de um procedimento militar utilizado normalmente em último recurso, quando existe uma impossibilidade de efectuar uma detecção recorrendo a outro método.

Resumidamente, para aqueles que não tenham conhecimento ou experiência militar, o reconhecimento pelo fogo é utilizado em circunstâncias extremas, quando há dúvidas quanto a uma presença hostil numa dada posição e destina-se a provocar uma reacção, seja em forma de resposta ou de movimento, que denuncia a sua localização.

Obviamente, e mesmo para os menos conhecedores, este procedimento tem inconvenientes a vários níveis, razão pela qual é, normalmente, desaconselhado.

Em primeiro lugar, é manifestamente dispendioso e não pode ser utilizado de forma contínua e sistemática, dado os recursos absurdos necessários para flagelar todos os possíveis alvos, a maior parte dos quais, certamente, sem resultados que não o custo e o desgaste causado a quem recorre a este método.

Em segundo lugar, envolve perigos, dado que abrir fogo quando apenas há suspeitas da presença hostil não confirmada, pode resultar em erros de consequências desastrosas quer para inocentes, quer para aliados que aí se podem encontrar.

Finalmente, e só para mencionar alguns problemas, nem sempre há uma reacção que revele uma presença, havendo a possibilidade de a resposta surgir à posteriori, bastando para tal manter a necessária calma de modo a passar desapercebido e ripostando na altura que seja mais favorável.

É, portanto, facilmente compreensível para todos que o reconhecimento pelo fogo seja um último recurso, que deve ser utilizado com especial cuidado e num âmbito extremamente limitado, sem o que tende a ser contraproducente.

Aliás, para todos menos para um conjunto de entidades, cuja identidade deixo à imginação ou ao espírito dedutivo de cada um dos nossos leitores.

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